quinta-feira, 15 de setembro de 2011

AFRICA:


Continente onde se encontram alguns dos ecossistemas mais ameaçados da Terra e onde sobrevive o maior número de mamíferos de grande porte do planeta. Guerras tribais, fome crescente e a transformação de povos nômades e seminômades em agricultores e criadores de gado ameaçam a vida de centenas de espécies, muitas delas na famosa lista vermelha de perigo iminente de extinção do Red Data Book, publicado pela U.I.C.N. Uma das soluções para o desiquilíbrio ecológico que ameaçava o continente foi a criação de reservas e grandes parques nacionais que dependem basicamente do ecoturismo. Como o Parque Nacional Kruger, na África do Sul, com dezenove confortáveis apartamentos para os 700 mil turistas que o visitam anualmente ou o prestigiado Parque Nacional de Seringeti (Tanzânia), na região da cratera de Ngorongoro, habitados por panteras, leopardos, antílopes, girafas, elefantes e rinocerontes. Verdadeiras reservas de biodiversidade podem ser encontradas, por exemplo, no Canal Kazinga, em Uganda, que reúne o maior índice de concentração de hipopótamos do mundo (cerca de 33 mil), crocodilos, elefantes, leões, leopardos e milhares de antílopes. No mesmo país pode ser visto o Parque da Floresta Impenetravel de Bwindi, onde vivem os últimos gorilas de montanha.

Os leões entram na contagem regressiva:



Daqui a alguns anos, os leões correm o risco de estarem extintos, segundo o livro de Chris e Tilde Stuart, Africa's Vanishing Wildlife. Na década de 50, eles eram mais de 400 mil - em meio século, o número desceu para 50 mil e continua em queda vertiginosa. Desta maneira, o rei dos animas pode ter o mesmo destino dos tigres, que atualmente não são mais do que 5 ou 7 mil em todo o mundo.

Antílopes: milhares nas savanas, raros nos desertos:



Embora posam existir em grandes manadas no Continente Africano, algumas espécies de antílopes são raríssimas , como o Oryx leucoryx, persguido em caçadas promovida pelos sheiks do petróleo nos desertos do norte da África. Hoje não existem mais de 200 exemplares, perdidos em um território de 66 mil metros quadrados.


Convivência pacífica com a natureza:



Os masai, povo nômade e pastor, fazem parte de uma das últimas tribos africanas a não respeitar os limites de um território fixo, vivendo entre as terras do Quênia e da Tanzânia. A mobilidade dos povos nômades da África garantia o equilíbrio ecológico dos ecossistemas, que não eram afetados pela presença humana localizada.


"Dicionário Ilustrado de Ecologia: a natureza de A a Z - Revista Terra", Editora Azul.