segunda-feira, 19 de abril de 2010

Seremos 9 bilhões:


É hora de falarmos das alterações climáticas como força decisiva global. Sempre lamentamos o fato de, normalmente, só agirmos depois que acontecem os desastres.
Apontamos hoje aqui o crescimento da população mundial - que se prevê atingir os 9 bilhões de pessoas no ano de 2040 - como fator decisivo na dinâmica entre vários desafios para o século XXI, tais como a escassez de água, os recursos energéticos, a saúde e o desenvolvimento.
Relativo à produção de alimentos, defendem alguns, sabendo ser ser uma tese polêmica, a biotecnologia aplicada à agricultura, nomeadamente o desenvolvimento de cereais geneticamente modificados, para através de novas práticas possam ser satisfeitas as necessidades a nível mundial.
Cremos que tais teses referem-se ao problema da fome que subsiste com intensidade em alguns países africanos - só como exemplo.
A evolução das temperaturas globais é outro dos tópicos que aparecem em quase todas análises atuais. Alguns cientístas tem chamado a nossa atenção para os ciclos naturais da terra, que alterna períodos de glaciação com períodos de aquecimento, sendo que a comunidade humana começou a interferir nestes ciclos desde a Revolução Industrial. Mostram com os resultados dos seus trabalhos, que o período de aquecimento que estamos a viver está a demorar passar.
Com o que estamos lendo, cremos que já podemos postar aqui um aviso:

"80% das nossas cidades podem vir a estar submersas."

O que é mais grave é que soluções locais não resolvem problemas globais. Como vimos na conferência de Copenhague, não é fácil falarmos de acordo global: níveis de estabilização globais das emissões de gases com efeito de estufa e metas nacionais acordadas; substituir a dependência do carbono por outro recurso energético; e a transferência de tecnologia, bem como estratégias de adaptação, para os países em desenvolvimento.
Finalizamos a nossa postagem de hoje alertando para a questão da nossa dependência maciça dos combustíveis fósseis e da necessidade de uma mudança de paradigma, que exige uma resposta coletiva, uma governança global e um consumo sustentável.

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