O mundo no início do século XXI atinge um dos momentos decisivos de sua história. As conquistas da ciência e da tecnologia se avolumam de tal forma e, a aceleração do ritmo da História a partir dos séculos XVIII e XIX foi tal, que chegamos a uma situação de grandeza que seria impensável a trezentos ou quinhentos anos atrás. O avanço de nossa civilização desde o século XVI superou todos os avanços reunidos nos outros cinco mil anos de história que se sucederam desde 3500 a.C a 1500 d.C. Mas apesar de todo o progresso e de todo o domínio que exerce sobre o universo, o homem chegou a uma enruzilhada que passa a preocupá-lo. É o que o progresso que tanto fascina, pode significar a sua própria perdição. O historiador Arnold TOYNBEE (1889-1975) colocou com propriedade este dilema que angustia o homem atual:
"O poder material da humanidade aumentou agora em tal grau que poderia tornar inabitável a biosfera e,realmente, irá produzir esse resultado suicida num período de tempo previsível, se a população humana do globo não empreender agora a ação conjunta e vigorosa para conter a poluição e espoliação que estão sendo infligidas à biosfera pela ganância cega da humanidade. Por outro lado, o poder material da humanidade não bastará para garantir que a biosfera continue a ser habitável, na medida em que nos abstenhamos de destruí-las pois, embora a biosfera seja finita, não é auto-suficiente".
A Humanidade e a Mãe terra,pp.26-27
A Humanidade e a Mãe terra,pp.26-27
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