BANDEIRA, R. - Poluição. A doença da Terra. Petrópolis, Vozes, 1977.
BARRACLOUGH, Geoffrey - Introdução à história Contemporânea 2ª ed.. Rio de Janeiro, Zahar Editores, 1973.
BARRACLOUH, Geoffrey e PARKER, Geoffrey - Atlas da História do Mundo. São Paulo, Folha de São Paulo, 1995.
BASTOS DE AVILA, Pe. Fernando S.J. - "O desafio Ecológico" in Carta Mensal. Rio de Janeiro, 24(285): 11-18, dez. 1978.
_______."Ética e Sociedade" in Carta Mensal. Rio de Janeiro, XXXV (417): 53-59, dezembro 1989.
BATISTA, G. F. - O homem e a Ecologia. São Paulo, Pioneira, 1977.
BAUDIN, Louis - Estatização ou Economia livre? A aurora de um novo liberalismo. São Paulo, tanguará, 1978.
BELTRÃO, C. P. - Demografia, Ciência da População. Análise e teoria. Porto Alegre, Livraria Sulina Editora, 1972.
_______. "A população mundial numa nova virada histórica" in Revista Vozes. Petrópolis, LXXIV (1) jan.-fev. 1980.
BENJAMIN, C. - "Nossos verdes amigos e verdes revololucionários" in Teorias e Debate, 12:6-21, 1990.
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
Bibliografia utilizada nas postagens de fundação do blog: - Livros, Estudos, Artigos e Documentos Diversos 01
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AGARWAL, Anil - "Desenvolver sem destruir" in O Correio da Unesco. Rio de Janeiro, 10(10/11): 23-26, out.-nov.1982.
AGOSTNI, frei Nilo O. F. M. - "Ecologia: desafio ético-teológico" in Revista Grande Sinal. petrópilis, Vozes, 46: 261-274, maio-junho 1992.
ALLEGRETTI, mary Helena - "Natureza e política externa brasileira" in Tempo e Presença. rio de Janeiro, CEDI, 230: 14-15, maio 1988.
ALTMAN, Lori - "Ecologia: cuidar da própria casa" in Tempo e Presença. Rio de Janeiro, CEDI, 230: 32-33, maio 1988.
ALVIM, P. T. - "Perspectivas de produção agrícola na região Amazônica" in Interciência. Caracas, 3 (4): 243-251, 1978.
ANÔNIMO - Poluição e Meio-Ambiente. São Paulo, Edição Especial de Conhecer - Nossos Tempo; Editora Abril Cultural, 1973.
ANTUNES, Celso - Uma Aldeia em Perigo. Os problemas geográficos do século XX. 8ª ed. Petrópolois, Vozes, 1986.
"ARMAMENTO E DESPERDÍCIO" in O Correio da Unesco. Rio de Janeiro, 10 (10/11): 40-41, out.-nov. 1982.
AYRES, V. M. e BEST, R. - "Estratégia para a conservação da fauna Amazônica" in Acta Amazônica. Manaus, 9(4): 81-101, 1979.
BAADE, Fritz - Economia Mundial da Alimentação. Lisboa, Livros do Brasil, sd.
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
Bibliografia utilizada nas postagens de fundação do blog:
Para que todos possam percorrer, caso queiram, integralmente ou em parte, o caminho bibliográfico que fizemos em nossas postagens iniciais que fundaram o blog Ecologia, Ética e Ideologia, iremos apresentar , um pouco a cada dia, as fontes que fizeram parte da construção do nosso pensamento que, como disse uma vez meu professor de Sociologia da Religião - Pedro Ribeiro de Oliveira -, tratam-se dos "gigantes" que utilizamos para estar como "anões" em suas costas durante os momentos em que, diminuíamos a nossa ignorância diante dos temas em que a Ecologia encontrava-se presente como nosso "cavalo de batalha" e nossa "paixão consumidora" como dizia o Velho Freud.
Foram utilizadas as seguintes abreviaturas no decorrer das postagens:
- RSBC - Boletim da Sociedade Brasileira de Geografia
- CETESB - Compnhia Estadual de Tecnologia, de Saneamento Básico e de Defesa do Meio Ambiente.
- CM - Carta Mensal
- CNBB - Conferência Nacional dos Bispos do Brasil
- DCS Dicionário de Ciências Sociais
- D. R. Dictionaire de Religions
- E.B. - Enciclopédia Mirador Internacional
- E.R. - Encyclopaedia of Religion
- FBCN - Fundação Brasileira para Conservação da Natureza
- HTR - Harvard Theological Rewiew
- N.R.TH. - Nouvelle Revue Théologique
- REB - Revista Eclesiaástica Brasileira
- RTL - Revue Théologique de Louvains
- SM - Revista Saúde no Mundo
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010
Últimas palavras de fundação deste blog:
Agora podemos concluir a reflexão que fizemos nestas postagens de fundação desse nosso blog sobre Ecologia, Ética, Teologia e Ideologia. Esperamos que alguns pontos tenham ficado claros no decorrer das próprias exposições e que o peso das provas reunidas por nós e por outros autores tenham mostrado o que, ao nosso ver, podem ser considerados como pontos pacíficos.
Foi e sempre será nosso propósito aqui o de afirmar que o primeiro e mais importante de todos esses pontos é o relativo à falência do atual modelo de desenvolvimento que está reduzido ao mero crescimento econômico.
Importou-nos aqui como solução, resgatar o verdadeiro sentido do desenvolvimento, que implica em um desenvolvimento harmônico e com justiça social, respeitando-se as pessoas e a natureza.
Só que para atingirmos tal desenvolvimento teremos que mudar completamente nossa mentalidade. O homem terá que passar por uma outra fase revolucionária, desta vez uma revolução pelo pensamento e pela consciência, uma revolução que afaste a visão egocêntrica e amtropocêntrica e que tenha por base a valorização da vida e por valor básico a dignidade humna.
Esta reorientação total na visão dos rumos de nosso mundo e na própria maneira de encará-lo não significa uma regressão ou um abandono da técnica ou do desenvolvimento, mas sim uma correção de rumos decisiva que impeça o suicídio coletivo da humanidade e, promova finalmente um verdadeiro desenvolvimento que seja duradouro e que leve a uma verdadeira felicidade humana e conservação do nosso planeta.
A Libertação da Opressão :
A libertação de todas as formas de opressão é outro imperativo básico para completar esta mudança de mentalidade e de concepção de mundo. Aqui,o que deve nortear a ação do homem é a Ética e, o padrão universal absoluto a ser utilizado deve ser o da dignidade da vida.
Vivemos nos dias de hoje uma realidade dura forjada por grande avanço tecnológico, mas em uma situação de estagnação ou mesmo de retrocesso no campo da ética. Desta forma, como indicou o historiador TOYNBEE, "a disparidade entre nossa tecnologia e a nossa ética é hoje mais acentuada do que nunca" (1) e teremos que mudar esta relação para atingirmos dignidade humana. O progresso ético deve ser tão grande ou maior do que o progresso tecnológico e, deve ser pautado pela compaixão e pelo amor. Não podemos mais impor o domínio sobre os nossos semelhantes explortando o trabalho dos outros e os recursos da terra (2).
A consciência de uma origem comum de todas as criaturas é uma necessidade nos dias de hoje. A dominação sobre os outros homens ou criaturas só cabe no modelo atual de desenvolvimento que é preciso superar. O atual sistema de produção não se volta apenas contra a natureza, mas também contra outros seres humanos. "Estribados no princípio da lei do mais forte, estimulamos em sua ganância e egoísmo, os mais poderosos vão açambarcando para si aquilo que o Criador previra para o uso de todos. A acumulação de riquezas exige, em sua lógica interna, não só a exploração do meio ambiente, mas também a exploração desapiedada dos próprios semelhantes" (3).
O processo de libertação vivido pelo ser humano deve completar-se portanto com a libertação em relação ao sistema sócio-econômico. Este sistema baseado na desigualdade e na sociedade de consumo não pode manter-se, principalmente devido à provável exaustão das matérias-primas e à depredação do meio ambiente. O grande número de pessoas que vivem em pobreza absoluta acaba por comprometer definitivamente o sistema e afastar qualquer justificativa de sua manutenção (4).
O processo de libertação humana é necessário e é a "concretização histórica da libertação de Deus".
"A libertação é humana porque é efetivada pelo homem em sua liberdade; entretanto é Deus quem move e penetra a ação humna de tal forma que a libertação possa ser dita como libertação de Deus. O processo histórico antecipa e prepara a definitiva libertação no Reino; as libertações humans ganham uma função sacramental; possuem seu peso próprio, mas também sinalizam e antecipatoriamente concretizam o que Deus preparou definitivamente para os homens" (5).
_______________________________________________________- A. J. TOYNBEE e Daisaku IKEDA - Escolha a vida, p. 346.
- A. MOSER - "Ecologia: perspectiva Ética" in Teologia Moral: desafio atuais, pp. 135-156, esp. p.154.
- A. MOSER - "Ecologia: perspectiva Ética", cit., p.149.
- A. MOSER - O problema ecológico... pp. 68-69.
- Leonardo BOFF - A graça libertadora no mundo, p.184.
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
A Ética e o Caminho da Solução dos Problemas Ecológicos - O Homem em face da religião e da natureza 2:
As atitudes de Jesus Cristo e São francisco de Assis perante a natureza e a vida servem aqui de paradigma ideal. Jesus Cristo é o é o elo que une todas as criaturas (1) ligando o divino ao humano. Só Cristo é que na verdade vive a Criação em sua plenitude (2).
SÃO FRANCISCO DE ASSIS (1182-1226) é outro exemplo de ligação profunda do homem com a natureza, exemplificado principalmente pelo seu "Cântico do Irmão Sol"(3), de grande beleza e humanidade e, que segundo Jacques HEERS (4) "está perfeitamente de acordo com o gosto dos cidadãos de Frorença". Ele possuía "uma atitude ingênua e livre perante as pessoas e os acontecimentos, que o faziam ser sempre igual a si mesmo. Alma de poeta, amava a vida e a natureza, sabia captar a linguagem das coisas e, sob o influxo da fé descobria, sem esforço, a realidade de Deus em tudo o que existe"(5). Segundo seu biógrafo Tomás de CELANO ele se encantava com o sol, a beleza das flores e "pregava-lhes como se fossem dotadas de inteligência", além de ter um grande sentido de fraternidade que se revela no costume que tinha de dar o nome de "irmãs a todas as criaturas" (6).
São Francisco de Assis lia no coração das coisas e, a partir de sua mística de confraternização universal procurava tratar todas as coisas com respeito e veneração. Nele se nota uma síntese importante de uma ecologia exterior e de uma ecologia interior (ecologia da mente) que se reflete nos seus hinos e orações. Em São Francisco notamos toda uma suavidade, ternura e vigor juntos como nunca havia aparecido em nenhum religioso do Ocidente. Ele resgata toda a idéia da Criação e mostra que o Paraíso não se perdeu totalmente (7).
Os exemplos de Jesus Cristo e São Francisco de Assis são de grande importância para o surgimento de uma nova atitude de homem frente à natureza. Todo o processo de desenvolvimento para ser efetivo de agora por diante deve ter como objetivo básico restabelecer a paz e a harmonia com a natureza. para isso o homem deverá abandonar a sua mentalidade egoísta e mesquinha, superar o antropocentrismo e valorizar a vida no seu sentido amplo (ou seja, a vida dos seres humanos e dos outros seres) aprendendo a conviver com os seus semelhantes e com os demais seres vivos.
________________________________________________
- Cf. Leonardo BOFF - O Evangelho do Cristo Cósmico, pp. 67-70.
- Antônio MOSER - O problema ecológico... p.60.
- Cf. "Cântico ao Irmão Sol" in REB, 52 (205), p. 4.
- Jacques HEERS - História Medieval, p. 151.
- Lázaro IRRIARTE O. F. M. - História Franciscana, p. 4.
- Citado em A. MOSER - O problema ecológico... p. 61.
- Cf. a respeito, Leonardo BOFF - Francisco de Assis, ternura e vigor, passim; IDEM - "A não-modernidade de São Francisco" in R. Vozes, LXIX, junho-julho 1975; IDEM - Ecologia, mundialização... 52-54.
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
A Ética e o Caminho da Solução dos Problemas Ecológicos - O Homem em face da religião e da natureza 1:
Como estamos apontando por diversas vezes aqui neste blog e, como já indicaram vários autores e especialistas citados por nós, o caminho da solução para os problemas ecológicos não é apenas relacionado a natureza, mas trata-se de uma questão ética e, deve levar como dissemos em postagens anteriores, a uma mudança na própria concepção da vida e do mundo.
O papel da religião parece ser decisivo no processo. O historiador inglês Arnol Joseph TOYNBEE (1989-1975) colocou bem o problema quando afirmou que a fim de "salvar a humanidade das consequências da tecnologia inspirada pela cobiça, acredito que precisamos da cooperação mundial dos seguidores de todas as religiões e filosofias" (1).
E, mais adiante completando o seu pensamento indica o importante papel que a tividade religiosa deve ter na mudança da mentalidade:
"Só a atitude em relação à vida humana e ao ambiente que envolve pode permitir-nos reconhecer mais uma vez, como nossos ancestrais reconheceram, que, a despeito de seu poder excepcionalmente grande, o homem é parte da natureza e tem que coexistir com ela, a fim de que ele, assim como o homem em seu meio natural necessário possam sobreviver" (2).
___________________________________________- A. J. TOYNBEE e Daisaku IKEDA - Escolha a vida, p.41.
- A. J. TOYNBEE e Daisaku IKEDA - Escolha a vida, p.45.
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
O Progresso na Civilização - Problemas do Progresso - A miséria e a fome 6:
As conclusões da Comissão Independente sobre Desarmamento e Segurança a respeito dos estragos causados por uma guerra nuclear são aterradoras. Não apenas o clima seria afetado, mas a humanidade mergulharia no caos (1).
Um grande especialista no assunto da alimentação mostrou a importância que teria para a produção de alimentos a transferência de apenas uma parte dos recursos gastos com armamento. Escreveu Fritz BAADE:
"A possibilidade do mundo referente à conquista da abastança na segunda metade do nosso século não constituem um problema das nosssas disponibilidades materiais, mas apenas um problema do nosso entendimento ou, se nos é permitida a palavra definitiva, da nossa moral política. Se as despesas com armamento fossem apenas reduzidas de um quarto, e se desse quarto também só um quarto fosse gasto na luta contra a fome, começaria um capítulo inteiramente novo na História. Deixaria de existir a fome e a luta pelo espaço alimentar e a humanidade inteira passaria a viver num estado de abastança garantida no referente aos alimentos" (2).
Outro ponto importante que tem provocado a fome e a miséria é o consumo e o desperdício dos países ricos. Os EUA com apenas 6% da população mundial consomem aproximadamente de 30-35% dos recursos da Terra, enquanto que a europa com apenas 10% da população mundial controla 23% do produto mundial bruto (3). Celso ANTUNES mencionou também que enquanto 60% da população mundial recebe apenas 10% de sua renda, 70% dessa mesma renda ficam apenas 16% de previlegiados (4). A nível do Brasil encontramos também uma grande concentração de renda, sendo que em 1980 os 10% mais ricos ficavam com 50% da renda nacional, enquanto que os 20% mais pobres tinham apenas 4% desta renda (5). De lá até os dias de hoje a situação só tem piorado com a grande concentração aumentando tanto a nível nacional como internacional.
Com os dados fornecidos nessas postagens sobre a pobreza, a miséria e a fome, ficou claro que algo de novo é preciso ser feito.
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Outro ponto importante que tem provocado a fome e a miséria é o consumo e o desperdício dos países ricos. Os EUA com apenas 6% da população mundial consomem aproximadamente de 30-35% dos recursos da Terra, enquanto que a europa com apenas 10% da população mundial controla 23% do produto mundial bruto (3). Celso ANTUNES mencionou também que enquanto 60% da população mundial recebe apenas 10% de sua renda, 70% dessa mesma renda ficam apenas 16% de previlegiados (4). A nível do Brasil encontramos também uma grande concentração de renda, sendo que em 1980 os 10% mais ricos ficavam com 50% da renda nacional, enquanto que os 20% mais pobres tinham apenas 4% desta renda (5). De lá até os dias de hoje a situação só tem piorado com a grande concentração aumentando tanto a nível nacional como internacional.
Com os dados fornecidos nessas postagens sobre a pobreza, a miséria e a fome, ficou claro que algo de novo é preciso ser feito.
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- Cf. "Estragos que vão além da imaginação" in O Correio da Unesco. Rio de Janeiro, 10 (10/11): 44-47, out.-nov, 1982.
- Fritz BAADE - Economia Mundial da Alimentação. p.187.
- Cf. A. MOSER - O problema ecológico... p. 55.
- Celso ANTUNES - Uma aldeia em perigo. p. 41.
- Glycon de PAIVA - "Pobreza e fome no mundo" in CM, 32 (373) p.5.
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
O Progresso na Civilização - Problemas do Progresso - A miséria e a fome 5:
O problema que envolve a miséria e a fome não é assim nem fruto do acaso e nem da incapacidade técnica do homem. É um problema ligado ao próprio modelo de desenvolvimento e às prioridades que este estabelece. Com o avanço tecnológico e a produção de grãos, o homem possui hoje o essencial para alimentar uma população várias vezes maior do que a existente no mundo. Especialistas há que julgam mesmo que com o atual avanço da técnica se poderia alimentar perto de 50 bilhões de pessoas a nível dos Estados Unidos e 150 bilhões num padrão de vida Asiático (1).
O grande desperdício de recursos que são utilizados na corrida armamentista é não só uma ameaça à paz mundial, um sorvedouro de verbas que poderiam atenuar o problema da miséria e da fome, como também uma ameaça ao próprio meio-ambiente e à ecologia. Um relatório da Comissão Independente sobre o Desarmamento e Segurança, presidida por Olof Palme mostrou que uma guerra nuclear entre duas superpotências ( a então URSS e os EUA) poderia matar 200 milhões de seres humanos e ferir mais 60 milhões, além de mergulhar a humanidade em um caos que poderia significar o fim de toda a vida humana.
Mas, em certo trecho mostrou a importância da corrida armamentista em relação ao problema da fome:
"Por mais irracional que seja o superarmamento em suas motivações e em suas finalidades, temos de reconhecer que ele interessa a certas economias e que as indústrias bélicas são indispensáveis ao abrandamento de uma certa crise, dizem alguns. Não há argumento mais pobre nem mais ilusório. O superarmamento é um imenso desperdício. Ele desviou recursos humanos. Ele já mata condenando a fome milhões de pessoas no Terceiro Mundo. Ele aprofunda os desequilíbrios. Em suma, agrava a crise" (2).
A solução da crise econômica e social pelo qual passa o mundo deverá passar - segundo Richard FALK -, por um desenvolvimento com equidade e deverá estar ligado à desmilitarização (3).
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- C. CLARK citado em A. MOSER - O problema ecológico... p.54.
- Cf. "ARMAMENTO E DESPERDÍCIO" in O Correio da Unesco. Rio de Janeiro, 10 (10/11), p. 41, out.-nov. 1982.
- R. FALK - "Para o desenvolvimento, a desmilitarização" in O Correio da Unesco. Rio de Janeiro, 10 (10/11): 41-45, out.-nov. 1982.
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
O Progresso na Civilização - Problemas do Progresso - A miséria e a fome 4:
Algumas previsões de técnicos para o aumento da população no futuro e o aumento de produção de alimentos procuram relacionar a fome com o aumento populacional.
Desta forma, segundo alguns cálculos, nascem cerca de 200.000 pessoas a cada dia e, para alimentar a futura população da Terra seria necessária uma produção de alimentos que dobrasse a cada a cada 18 anos (1).
Este dado, como uma série de outros, não leva em conta os diversos fatores como o declínio das taxas de natalidade acontecidas a partir das décadas de 60 e 70 e que frustraram aqueles previam uma "grande e alarmante explosão demográfica" e os números atuais tendem a ficar 20% abaixo do previsto (2) e, o avanço cada vez maior de tecnologia aplicada na produção de alimentos deve elevar ainda mais esta produção,
apesar de diminuírem em numero as pessoas envolvidas na agricultura. Desta forma, desde 1965 a produção de cereais aumentou mais de 70% enquanto esta mão-de-obra envolvida na agricultura foi caindo e já era de apenas 42% no ano de 2000, ocasião em que já havia expectativas de 33% para esse ano corrente de 2010 (3).
O problema da pobreza e da fome tem levado a uma reflexão sobre o atual modelo de desenvolvimento, principalmente no Terceiro Mundo. A defesa de um processo alternativo de desenvolvimento que relacione o desenvolvimento com a proteção ambiental ganha cada vez mais adeptos.
Um autor indiano adverte:
"Se o mundo não sabe encontrar uma maneira melhor para utilizar seus recursos em bases igualitárias, a luta entre pobres e ricos se tornará virulenta, tanto dentro das nações como entre elas" (4).
_______________________________________________
- Celso ANTUNES - Uma aldeia em perigo, p. 104.
- Rafael M. SALAS - "A explosão que não houve" in O Correio da Unesco. Rio de Janeiro, 10 (10/11): 30-34, 39, out.-nov. 1982.
- Cf. Nova Enciclopédia Ilustrada Folha, v. I, pp. 22-24.
- Anil AGARWAL - "Desenvolver sem destruir" in O Correio da Unesco. Rio de Janeiro, Fundação Getúlio Vargas, 10 (10/11): 23-26, out.-nov. 1982, p.26.
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